Orgulho na Ciência

Em 28 de junho de 1969, ocorreu a Rebelião de Stonewall, que é conhecida como o marco inicial no movimento LGBTQIA+ contemporâneo, por esse motivo, junho é o mês do orgulho LGBTQIA+ e o dia 28 de junho o dia internacional do orgulho LGBTQIA+. Essa comunidade sofre até hoje, mas felizmente, existem pessoas dessa comunidade que fizeram história e foram muito importantes para a humanidade, veja mais sobre eles a seguir.

Personalidades LGBTQIA+ na Ciência

Ann Mei Chang

Ann Mei Chang (1967): Começou sua carreira no Vale do Silício, onde trabalhou por 20 anos como executiva de tecnologia em diversas empresas, como Apple e Google, sendo, nesta última, diretora sênior de engenharia. Após isso, foi a Chief Innovation Officer da USAID e primeira Diretora Executiva do US Global Development Lab. Formada em ciência da computação, especialista em tecnologia e autora do livro “Lean Impact”, que fala de suas experiências no Vale do Silício, Ann Mei Chang atualmente trabalha com Spring Impact.

Alan Turin

Alan Turing (1912 – 1954): Conhecido como o pai da computação, Alan Turing foi um matemático, cientista da computação e criptografista inglês. Depois de formado, Turing quis criar uma máquina que resolvesse qualquer cálculo em formato de algoritmo, foi assim que ele criou a Máquina de Turing, que seria um protótipo para os computadores modernos. Alan Turing foi muito importante durante a Segunda Guerra Mundial, pois trabalhou na decodificação dos códigos da máquina Enigma, utilizada pelos alemães, e após a guerra criou o Manchester 1, o primeiro computador com as diretrizes parecidas com as de hoje. Mesmo tendo ajudado muito durante a guerra e no desenvolvimento das ciências da computação, Alan Turing foi condenado por ser homossexual, o que era considerado crime na época, e sendo castrado quimicamente. Ele morreu em 1954 devido a envenenamento por cianeto. Em 2009, o primeiro-ministro inglês se desculpou em nome do governo, em 2013, a Rainha Elizabeth II o perdoou e, em 2021, Alan Turing passou a estampar as novas notas de 50 libras. Um filme sobre sua atuação durante a Segunda Guerra foi lançado em 2014, chamado “O Jogo da Imitação”.

Sally Ride

Sally Ride (1951 – 2012): Com bacharelado, mestrado e doutorado em física e bacharelado em inglês pela universidade de Stanford, Sally Ride foi a primeira americana a ir para o espaço. Depois de ver um anúncio da NASA no jornal em 1977, Sally se inscreveu, e foi uma das escolhidas, e após muito treinamento e preparo, Sally e mais quatro tripulantes foram ao espaço em 1983 a bordo do ônibus espacial Challenger STS-7. Durante a missão, Sally era a engenheira de voo, ela lançou dois satélites e operou o braço mecânico do ônibus espacial. Após a primeira missão, Sally trabalhou em outros projetos e missões na NASA. Em 2012, ela morreu em decorrência de um câncer no pâncreas. Após sua morte, foi revelado que, após o divórcio com seu ex-marido, o também astronauta Steve Hawley, Sally manteve um relacionamento com Tam O’Shaughnessy, sua amiga de infância, até o dia de sua morte.

Alan Hart

Alan Hart (1890 – 1962): Formado em medicina pela Universidade do Oregon e com mestrado em radiologia pela Universidade da Pensilvânia, foi o diretor de radiologia do Tacoma General Hospital. Ele se tornou uma figura importante no estudo da tuberculose, além de publicar vários artigos e pesquisar muito sobre o uso de raios-X para a detecção precoce da tuberculose. Alan Hart também foi um dos primeiros homens transexuais a se submeter a uma histerectomia, e escreveu quatro romances, que continham temas auto bibliográficos, como medicina e sexualidade. Ele morreu devido à insuficiência cardíaca em 1962, mas deixou um grande legado.

Lynn Ann Conwat

Lynn Ann Conway (1938): Depois de ter estudado no renomado M.I.T. (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e concluir bacharelado e mestrado em engenharia na Universidade de Columbia, Lynn se juntou a uma equipe de pesquisa da IBM, na qual trabalhava com outros cientistas em um projeto de sistemas de computação avançada. Infelizmente, ela foi demitida pela IBM quando passou por um processo de transição de gênero. Porém, Lynn não desistiu e começou tudo de novo com uma nova identidade secreta, e foi contratada para ser arquiteta de computadores na Corporação Memorex. Depois, conseguiu um emprego na Xerox PARC, onde criou regras de designs escalonáveis para VLSI chips, e mais tarde sendo pioneira no ensino desses novos métodos. Perto de se aposentar, Lynn se assumiu como uma mulher transexual e saiu em defesa dessa comunidade. Em 2020, a IBM se desculpou publicamente por sua demissão. Lynn é membro IEEE e ganhou diversos prêmios.

A Rebelião de Stonewall, em 1969, é considerada o marco inicial do movimento LGBTQIA+ contemporâneo, o que levou a estabelecer o mês do orgulho LGBTQIA+ e o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ em 28 de junho. Embora a comunidade LGBTQIA+ ainda enfrente desafios, existem muitas pessoas que foram importantes para a humanidade, como Ann Mei Chang, Alan Turing, Sally Ride, Alan Hart e Lynn Ann Conway. Eles contribuíram em áreas como tecnologia, ciência, medicina e literatura, e seus legados são uma inspiração para a luta pela igualdade e diversidade.