Não é novidade que uma série de novas tecnologias do mundo computacional surgiu nos últimos anos, o que talvez justifique tantas inovações e tantas tendências emergindo no mercado. Muitas pessoas apostam todas as suas fichas no fato de que a tecnologia 5G foi a principal nesse cenário, porém, sob a ótica dos desenvolvedores, a computação quântica é possivelmente a tecnologia que exige a maior mudança de paradigma na atualidade.
De certa forma, o termo “computação quântica” ainda é muito novo para os entusiastas da tecnologia, haja vista que as máquinas de computação desse tipo ainda estão sendo aprimoradas e estão em fase de testes. Apesar de estar nesse estágio, muitas possibilidades acerca dos computadores já se tornaram mais do que apenas teorias e esse desenvolvimento já significa uma grande inovação no meio tecnológico.
Em definição, computação quântica é a ciência que estuda o desenvolvimento de algoritmos e softwares com forma operacional diferente da forma dos computadores clássicos. Os computadores comuns operam a partir de um código binário, significando que os cálculos deles são feitos a partir de 0 e 1, ou seja, bits, já os computadores quânticos processam as informações por sistemas quânticos, como átomos, fótons ou partículas subatômicas.
Assim, um computador quântico basicamente é uma máquina que, da mesma forma que os computadores comuns, é programada para resolver problemas lógicos, porém traz uma maior complexidade. Por exemplo, uma característica de uma máquina desse tipo é justamente a sua temperatura de operabilidade, pois dependem de um equilíbrio térmico muito delicado e, em alguns casos, necessita de refrigeração.
Essa característica é notada porque os qubits (bits quânticos) são sensíveis à variação de temperatura, podendo ser embaralhados por qualquer variação brusca, fazendo com que eles percam a sintonia. A principal característica do qubit, no entanto, é a capacidade de integrar as informações de todos os dados criando novas dimensões para o processamento. Incrível, não é? É como se fosse um bit, porém aprimorado.
O qubit também assume valores 0 e 1, mas, diferentemente do bit, suas informações podem ser sobrepostas umas às outras. Assim, 2 qubits armazenam informações equivalentes às que 4 bits armazenam, enquanto 3 qubits armazenam o equivalente à informação de 8 bits e assim por diante.
A vantagem desse tipo de computação em relação à computação clássica é que a clássica possui limitações em relação à área da Inteligência Artificial (IA), pois não existem computadores com potência ou velocidade de processamento suficientes para suportar alguns mecanismos da IA avançada.
Dessa forma, a melhor alternativa é justamente um computador que fosse mais ágil e que resolvesse os problemas da Inteligência Artificial e até problemas da Física Quântica, fazendo com que os computadores quânticos sejam os melhores candidatos para suprir essas necessidades.
Essa quebra de paradigmas que a computação quântica trouxe é essencial, pois novas descobertas tecnológicas precisam surgir para que sistemas sejam aprimorados. Alguns exemplos de sistemas que poderão usufruir dessa computação são a cibersegurança com a criptografia de dados, a biomedicina com o desenvolvimento de novos medicamentos, a economia com a detecção de fraudes, e a mobilidade dos transportes na projeção de aviões mais eficientes.
E você? Qual a sua aposta sobre esse novo horizonte para a tecnologia?
Postagem escrita pela Webmaster do Capítulo Sarah Borba.