A cirurgia com robôs não é novidade, eles já são usados em procedimentos cirúrgicos há anos. Em 1985, por exemplo, o Puma 560 já foi capaz de realizar biópsias cerebrais. E de lá pra cá, a robótica vem evoluindo de uma forma impressionante e seu uso tem se tornado cada vez mais frequente nas salas de cirurgias.
Ao longo dos anos, a inteligência artificial, a visão computacional habilitada e a análise de dados transformaram a robótica na saúde, expandindo as capacidades em muitas outras áreas. E o que antes parecia coisa de filme de ficção, hoje tem se tornado cada vez mais comum.
Atualmente, os robôs podem até realizar cirurgias completas com orientação médica. Um exemplo bem comum é o do Sistema Cirúrgico Da Vinci, que é um sistema aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para cirurgia. Seu uso consiste em um console a uma pequena distância do paciente, que está posicionado em uma mesa de operação perto da unidade robótica com seus quatro braços robóticos. Estes são controlados pelos movimentos das mãos do cirurgião através de instrumentos “mestres” no console.
Os instrumentos “mestres” sentem os movimentos das mãos do cirurgião e os traduzem eletronicamente em micro-movimentos reduzidos. O cirurgião observa o campo de operação através de binóculos de console e a imagem vem de uma câmera estereoscópica de alta definição (endoscópio), que está ligada a um dos braços do robô.
No entanto, o uso dos robôs não se limita ao de auxiliar de cirurgias, eles também podem ser utilizados para desinfetar salas, dispensar medicamentos, fazer companhia e várias outras tarefas. E embora ainda exista muito preconceito acerca da utilização deles na saúde, seu uso pode ser extremamente enriquecedor para o ambiente, já que os robôs não reclamaram de uma jornada de trabalho excessiva, de limpar o chão ou de buscar remédios no vigésimo andar do prédio.
Além de poderem ser usados em ambientes de extremo risco. Durante a pandemia da Covid-19, por exemplo, vários hospitais e clínicas começaram a utilizar robôs para uma gama muito maior de tarefas e assim reduzir a exposição do ser humano ao vírus. Ficando claro que a eficiência operacional e a redução de riscos proporcionadas pela robótica podem ser extremamente enriquecedores para a área da saúde.
Postagem escrita pelo voluntário Rafael dos Santos.