Impressoras 3D: Trazendo o Digital Para o Real

Você já ouviu falar em impressoras 3D? Essa impressora consegue criar um modelo sólido, tridimensional e, utilizando sucessivas camadas de material, consegue criar geometrias complexas, tudo isso se baseando apenas em um arquivo digital. Atualmente podemos criar objetos nessas impressoras com vários materiais, como: couro, titânio, vidro, borracha, plástico, cerâmica, e até chocolate, podendo chegar a 250 materiais diferentes!

Em resumo, a impressão 3D dá uma nova cara ao processo de criação e também oferece um melhor custo/benefício nas fabricações, exigindo menos matéria-prima e eliminando a necessidade de inventário. Mas como a impressão 3D se tornou realidade? Para entendermos melhor, é preciso voltar um pouco na história!

Em 1981, no Japão, Hideo Kodama inventou dois métodos de manufatura aditiva (que é feita camada por camada) para produção de modelos plásticos e usava luz UV para curar resinas fotossensíveis, porém não foi finalizada. Anos depois, em 1984, na França, Alain Le e Oliver de Witte tentaram desenvolver algo que combinasse formas geométricas complexas com tecnologias de lasers e materiais fotossensíveis, com o intuito de trazer o digital para o real.

Uma ideia genial, porém não houveram recursos suficientes para a continuidade do projeto. Ainda em 1984, Charles, mais conhecido como “Chuck”, que trabalhava em uma empresa de lâmpadas UV, sugeriu usá-las para a finalidade de curar resina fotossensível, para criar novos produtos, e com o apoio da empresa, Chuck começou a desenvolver seu projeto que nomeou de estereolitografia, em um pequeno laboratório. A patente foi concedida em 1986 e, no mesmo ano, Charles inaugurou a própria empresa, a 3D Systems. A patente de Charles foi o marco inicial para a indústria da impressora 3D e impulsionou o surgimento de novas tecnologias.

Mas como funciona uma impressora 3D? Tudo começa com um modelo 3D, criado em um computador através de um software de CAD (Computer Aided Design) ou de um scanner 3D (que possibilita criar uma cópia digital de um objeto). O modelo 3D é fatiado em centenas ou milhares de camadas horizontais, feito através de um programa de fatiamento, que também são responsáveis por realizar ajustes no modelo, como por exemplo: a geração de suportes, pois para iniciar uma camada, em alguns processos de impressão, é necessário que tenha algo que a sustente. Além disso, é possível também ajustar parâmetros de impressão que podem afetar na qualidade e resistência mecânica da peça.

Podemos concluir essa leitura com a certeza de que a impressão 3D estará presente no nosso futuro e em várias áreas, por exemplo: Na nossa nutrição, pois a impressora poderá criar alimentos com base em nossas necessidades (contendo a quantidade de proteínas, carboidratos, vitaminas e suplementos que precisamos.);  Vestuário, pois os sapatos serão feitos sob medida, baseado na nossa postura; Órgãos e tecidos humanos, pois as máquinas atuais são capazes de construir vasos sanguíneos, rins e corações, utilizando células ao invés de tinta; Diversidade de materiais, como: borracha, eletrônicos, carros, casas e smartphones. Tudo indica que qualquer material poderá ser utilizado para a impressão, no futuro (e tudo com muita agilidade).

É inegável que as impressoras 3D prenunciam uma era que irá transformar o mundo que conhecemos. Porém, ainda não sabemos se as pessoas irão optar por ter impressoras 3D em sua residência ou por imprimir seus produtos em locais específicos (oficinas de fabricação digital, por exemplo), mas o que sabemos é que o futuro da impressão 3D já está acontecendo, e é impressionante.

 

Postagem escrita pela voluntária Isabelly Lúcia.