Após 6 meses de viagem, chega a Marte o robô Perseverance, que iniciou sua jornada em 30 de julho de 2020 partindo da estação da força aérea de cabo canaveral, na Flórida e chegou a Marte em 18 de fevereiro de 2021 após percorrer um percurso de aproximadamente 480 milhões de km.
O Perseverance é o robô mais sofisticado e mais recente entre uma linhagem de robôs exploradores desenvolvidos pela Nasa. Pesando mais de 1 tonelada ele apresenta vários instrumentos como equipamentos nos braços, uma broca, uma estação meteorológica, instrumento de laser além de 23 câmeras acopladas, sendo elas 9 para engenharia, sete para trabalhos científicos e sete para gerenciamento. Dessa forma, diante de toda essa tecnologia foi possível receber fotos e vídeos de alta qualidade do planeta vermelho. Além disso, pela primeira vez foi possível captar os sons da atmosfera marciana e das ferramentas em operação através de dois microfones presentes no robô.
No entanto, o verdadeiro desafio dessa missão é pousar o Perseverance em solo marciano, visto que o trajeto da órbita até o solo é feito de maneira automatizada e não há comunicação com a terra, o que os cientistas chamam de “7 minutos de terror”, uma vez que que eles aguardam ansiosamente pela confirmação de pouso após o robô realizar manobras altamente delicadas reduzindo a velocidade de e 20 mil km/h para 0 km/h nesse intervalo de tempo.
O Perseverance pousou em Jezero, uma cratera profunda perto do equador de Marte. Os cientistas acreditam que essa cratera costumava ser um lago há 3,5 bilhões de anos e que hoje o solo seco dessa localidade pode apresentar uma das maiores chances de encontrar vestígios microbiológicos. Durante aproximadamente 2 anos o robô irá explorar rochas no planeta vermelho buscando evidências de vida no passado como compostos orgânicos e comunidades microbianas fossilizadas.
O robô também pesquisará sobre a vida futura em Marte através de experimentos para a produção de oxigênio a partir do dióxido de carbono encontrado na atmosfera. Tais acontecimentos se mostram muito importantes para futuras missões no planeta, principalmente para astronautas que não irão precisar de tanques de oxigênio caso a experiência seja bem sucedida.
Diante disso, essa missão pode ser considerada de extrema importância, visto que ela poderá trazer informações valiosas sobre o clima e geologia. Será que isso seria mais um passo que possibilitará um dia que a espécie humana habite em dois planetas?
Postagem escrita pela voluntária do Capítulo Beatriz Barros.