RASenha #2 – O Jogo da Imitação (filme)

O filme “O Jogo da Imitação” relata a história de Alan Turing, que foi um matemático, cientista e também o criador da Máquina de Turing, invenção que servia para decodificação de mensagens criptografadas. A grande dificuldade de decifrar as mensagens contidas no enigma se dava em razão das infinitas possibilidades de leitura e suas combinações. Com a criação da máquina, Turing, juntamente com um grupo de amigos, conseguiu interceptar e decifrar as mensagens enviadas pelos alemães na 2ª Guerra Mundial. Além de mostrar a questão da guerra e toda a tensão por trás, a obra trata de questões importantes como bullying, homossexualidade e tenta também retratar a questão da mulher no mundo da tecnologia.

A questão do bullying, retratada na obra, é um dos fatores que faziam com que ele constantemente se isolasse, além de apresentar diversos traumas psicológicos vividos da infância. E ​não apenas o bullying que sofria colaborava para o isolamento de Turing, mas sua orientação sexual também influenciava. O personagem era homossexual, o que era considerado na época uma “falha de caráter”, uma ignorância óbvio. Em razão disso, Turing foi condenado como sendo criminoso, ocasião em que recebeu duas opções: tratamento hormonal ou prisão. Turing optou pela primeira opção.

Como foi anteriormente mencionado, outra questão importante abordada na obra é sobre o espaço das mulheres nesse mundo da tecnologia. Turing escolheu para fazer parte de seu grupo seleto Joan Clarke, sendo a única mulher entre os homens. Clarke, apesar de ter vivido em uma época em que o preconceito era explícito, buscou seu espaço e mostrou que era tão fundamental no grupo quanto os demais homens. Clarke, para não ter que voltar para a casa dos pais, aceitou casar-se com Turing, para poder buscar seus sonhos sem ter que sofrer a opressão e o preconceito da sociedade.

 

Postagem escrita pelo voluntário do Capítulo Gabriel Lacerda.