Veículos Submarinos Autônomos

Aqui no Blog da RAS UFCG, já discutimos um pouco sobre carros autônomos, como você pode conferir clicando aqui. Ainda assim, é possível dizer que essa temática é muito mais abrangente do que parece. Você sabia que além dos veículos autônomos terrestres, há também os veículos autônomos aquáticos? Inclusive aqui no Brasil?

Com o intuito explorar determinadas áreas onde a presença humana é de difícil acesso, surgem os robôs de exploração. Seja com uma rotina de percurso já determinada ou de forma teleguiada, eles se locomovem de modo a capturar imagens para análise e reconhecimento de locais. E isso é muito bem observado no fundo do mar, onde a presença de seres humanos é bastante complicada.

No Brasil, um exemplo bem pertinente sobre a temática são os AUVs (veículos submarinos autônomos) da Petrobras. A principal finalidade deles é verificar e explorar o entorno dos dutos que a empresa utiliza no fundo do mar. Afinal, são quilômetros e mais quilômetros de dutos submersos, e qualquer problema ou dano que eles venham a apresentar pode representar uma enorme catástrofe ambiental.

Nesse caso da Petrobras, os drones aquáticos que eles utilizam têm sua rota completamente programada antes do mergulho nas profundezas, onde eles podem atingir cerca de 3 mil metros sob a superfície da água. Todavia, toda uma equipe de monitoramento fica alerta durante o trajeto, com a possibilidade de fazer pequenas alterações, caso necessário, no percurso do robô.

É válido também ressaltar que, em grandes profundidades, onde há pouquíssima incidência de luz, os AUVs da Petrobras conseguem fazer fotografias por meio do som. Ou seja, ao emitir as ondas sonoras, elas batem no que está no entorno do robô e então retornam para o mesmo, onde são captadas por sensores. Por fim, ele irá processar e transformar essa informação em uma imagem de alta resolução.

Assim, numa época em que os drones ganham os céus e nos dão imagens incríveis, é interessante repensar onde essa tecnologia poderia ser útil de outra forma. Ganhando agora as profundezas do oceano, a robótica nos ensina o quão é importante o trabalho da engenharia para solucionar problemas e no mostrar novos meios de desenvolver e aprender sobre o mundo em que vivemos.

 

Postagem escrita pelo webmaster do Capítulo Matheus Cardoso.