Com o avanço das tecnologias de Inteligência Artificial, cada vez mais as máquinas estão se aproximando dos seres humanos. Ainda assim, há um caminho demasiadamente longo a ser percorrido devido à complexidade que nossos sistemas apresentam. Entrando nesse mérito, há a visão computacional, que, como o próprio nome sugere, diz respeito à tentativa de replicar a visão humana em computadores. E por mais simples que isso possa soar, a temática é mais complexa do que parece.
O processo de leitura, por exemplo, requer um número extraordinário de dados que utilizamos sem nem mesmo pensar de forma ativa. Imagine que ao olhar para um texto, a luz refletida será captada pelos olhos, transformada em informação e levada ao córtex visual. Lá, em conjunto com o resto do cérebro, essa informação será processada e comparada com diversas possibilidades do que aquela imagem pode ser. E de maneira quase instantânea, somos capazes de identificar letras, palavras, frases e, por fim, dar sentido a elas.
Muito além de simplesmente identificar imagens, a visão computacional tem a missão de interpretá-las. Ou seja, em essência, a visão computacional buscar modelar artificialmente a visão humana e seu conjunto de funções, utilizando para isso software e hardware avançados. Inclusive, é válido ressaltar que grande parte dos avanços dessa tecnologia se deve ao uso do machine learning, que promove o treinamento de máquinas de modo a capacitá-las em quesitos de interpretação com o uso massivo de dados.
Dentre as aplicações que envolvem essa tecnologia, diversas são as possibilidades. Desde coisas mais sérias, como a verificação do padrão de imagens para diagnóstico de câncer de pele ou o auxílio na direção de carros autônomos, até opções mais divertidas, como os famosos filtros do Instagram e os vídeos com tecnologia deepfake. Ademais, aqui no próprio Capítulo Estudantil IEEE RAS UFCG, a tecnologia da visão computacional é utilizada no projeto de Futebol de Robôs. Por meio de uma câmera sobre o campo, o software deve identificar na imagem os robôs e a bola, analisando-os por cor, e direcioná-los seguindo alguma tática pré-implementada para fazer o gol.
Esse é um campo muito promissor da Inteligência Artificial, não só pelas grandes possibilidades que oferece, mas também por ser uma tecnologia incrivelmente versátil. Enfim, seja com contribuições à robótica ou ao entretenimento, a visão computacional oferece um novo leque de perspectivas, podendo ultrapassar até mesmo os humanos que os inspiraram de certa forma.
Postagem escrita pelo webmaster do Capítulo Matheus Cardoso.